Para garantir uma produção sustentável e eficiente de nossas hortaliças, a qualidade fitossanitária e produtiva das mudas é fator primordial no processo produtivo.

Tendo em vista o grande número de patógenos que acometem as hortaliças de propagação vegetativa, nossa empresa conta com um Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais, para a realização do processo de limpeza clonal.

O alho (Allium sativum L.) e a Batata (Solanum tuberosum L.) são culturas que são multiplicadas vegetativamente e representa uma parte importante da cadeia produtiva de hortaliças. E umas das doenças que acarretam grandes danos econômicos a estas culturas são as viroses.

Para tornar o plantio de alho e de batata mais competitivo, a obtenção de plantas livres de vírus se torna fundamental. Os benefícios técnicos e comerciais da produção de mudas em laboratório possibilita o aumento no potencial produtivo dessas culturas, pois em condições controladas é possível o crescimento de mudas livres de vírus.

A produção de alho-semente livre de vírus (ALV) se inicia no laboratório por meio da técnica de termoterapia dos bulbilhos e da cultura de tecidos de seus ápices caulinares. É realizada a retirada de tecidos meristemáticos de bulbos selecionados, a partir de plantas matrizes de alto desempenho, e multiplicação em condições controladas de temperatura, umidade, luminosidade e controle nutricional.

Após a formação e o desenvolvimento da parte aérea, os propágulos são transferidos para meio de crescimento de microbulbos. Após o período de crescimento in vitro, os microbulbos são colhidos, classificados e enviados ao cultivo protegido em telado. Durante o ciclo vegetativo, são coletadas amostras para realizar a indexação no Laboratório e as plantas infectadas são descartadas. Assim, obtêm-se as matrizes para produção de alho-semente livre de livres em condições fitossanitárias controladas.

A produção de minitubérculos de batata-semente livre de vírus inicia-se no laboratório após rigorosa seleção clonal, cultura de meristema, indexação virológica e uma combinação da técnica de micropropagação e multiplicação autotrófica pelo sistema autotrófico de produção (SAP), isto é, produção sem sacarose e na ausência de reguladores de crescimento.

Atualmente, obtemos no laboratório com essa combinação de técnica, em apenas 15 dias, plântulas vigorosas, com caules curtos, folhas mais larga e com um melhor desempenho fisiológico do que em sistema convencional in vitro. Além da rusticidade das plântulas o SAP diminui perdas por contaminação e estresse pós-transplante e atingi altas taxas de multiplicação em menos tempo com uniformidade das plântulas.

Essa tecnologia realizada no laboratório permite produzir suas próprias plântulas in vitro e garantir mudas com qualidade fitossanitária para obtenção de minitubérculos de batata-semente livre de vírus em cultivo protegido e posterior produção das sucessivas gerações de sementes básicas e certificadas a campo.

Portanto, manter bancos de multiplicação de sementes de alta qualidade em laboratório assegura lavouras sadias e produtivas em nossa região.